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Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Somos uma Associação privada de fiéis. Nascemos no Cenáculo com a Igreja e para a Igreja, em Roma com a benção do Papa. Amamos a Igreja Católica Apostólica Romana, da qual recebemos o Batismo e buscamos fidelidade autêntica. Em nosso meio estão presentes todos os estados de vida. Nossa identidade é Eucarística e Pentecostal. Nossa Missão é oferecer a vida pelos ministros de Deus, e a santificação das famílias. A O serviço à Igreja, a Adoração e a comunhão Eucarística, a Maternidade Espiritual, e a oração dos pequeninos são os meios nos quais nos esforçamos por cumpri-las. Nosso ideal de vida é a Fraternidade Cristã através do Novo Pentecostes de Amor. Temos alguns amigos no céu que nos ajudam: São João Maria Vianney e a Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo dos Tempos modernos. Assumimos juntamente com a Igreja o movimento pela Santificação dos Sacerdotes e a Maternidade Espiritual. Temos grandes amigos Bispos no Brasil: Dom Alano Maria Pena, Dom Roberto Fracisco Ferrería Paz, Dom Alberto Taveira e Dom José Francisco, nosso atual Arcebispo. Nossa sede atual é na Arquidiocese de Niterói, em Rio Bonito.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pentecostes Sacerdotal em Ars

Somos quase mil e trezentos sacerdotes do mundo inteiro reunidos na terra de São João Maria Vianney, neste ano que recordamos os 150 anos do aniversario de sua morte, o que certamente inspirou o Santo Padre a proclamar o Ano Sacerdotal.
Neste dias, ajudados por Schonborn, conceituado Cardeal de Viena, e conduzidos pelo Espírito Santo, sentimos um forte apelo a conversão e a uma graça particular de vivermos a misericórdia. Este caminho de simplicidade tem sido a estrada que nos possibilitara viver a proposta do retiro: Redescobrirmos a alegria de termos sido consagrados sacerdotes para a salvação do mundo!
Já nos primeiros momentos do retiro, fomos surpreendidos por uma Mensagem televisionada do Santo Padre. De forma muito pessoal e carinhosa, ele reconhecia e se dirigia aos sacerdotes que estão se gastando na Paróquia, dizendo: “Não desanimem. Rezem e façam o povo rezar”. Pedia que pensássemos em quantas missas já celebramos e em quantas ainda devemos celebrar... Pedia que realizássemos uma “comunidade sacerdotal”, e finalizava dizendo: “Agradeco pelo que vocês são e pelo que vocês fazem”.
No Ano em que o Cura D’Ars se torna “padroeiro de todos os sacerdotes do mundo”, sua atualidade é ainda incrível. A partir de sua vida completamente doada, e através de suas palavras simples, mas agudas como flechas, reencontramos nossa identidade (somos o “Amor do Coração de Deus ”) e nossa missão (viver para “mostrar o caminho do céu”).
Suas maiores crises, como a desesperação e o desejo de sair da Paroquia, foram sanadas diante do Tabernaculo. Diante da Eucaristia encontrava a resposta para o que precisava. Não se cansava de dizer ao seu povo enquanto apontava para o Tabernaculo: “Ele está aqui!”. Todos os Cardeais e Bispos estão nos pedindo nestes dias que somos convidados a celebrar diariamente a Eucaristia, não apenas porque os fieis a desejam, mas porque nós precisamos. Muito cuidado temos que ter diante da teologia do “ex opere operato”, que pode dar margem ao funcionalismo vazio e estéril. O Cardeal nos lembrava que agir “in persona Christi” não significa estar imune de pecados. Como está sendo emocionante ver mais de mil sacerdotes prostrados adorando a Eucaristia durante a Adoração! Como temos necessidades de orar ainda mais...
Dom Claudio Hummes nos falava claramente que a Igreja caminha com os pés dos sacerdotes. A Igreja reconhece a missão de seus sacerdotes, como também tem certeza que a cultura dominante não os ajuda em nada a serem discípulos. Nosso Cardeal brasileiro ainda nos exortava para reencontramos a alegria de sermos padres reencontrando o caminho do discipulado, renovando diariamente a espiritualidade sacerdotal. Para mim, particularmente, me tocou uma frase dele: “A Missa deve ser a formadora e a confirmadora da nossa vocação”.
Do Cardeal Arcebispo de Paris, ouvimos um forte clamor no final da Santa Missa na Terça feira: Precisamos de sacerdotes santos hoje e amanha!
Como também foi interessante ouvir o Bispo de Ars, Guy-Maria, que permaneceu conosco todo o retiro. Ele fez uma comparação que talvez nenhum de nós havia pensado. Dizia ele, que naquela mesma região que o Cura viveu, nasceu também Voltaire, um dos lideres do iluminismo, que proclamou a onipotência da razão para esmagar os crentes. Um século depois, continuava o bispo, aquele pobre sacerdote profetizou com a vida a primazia de Deus e a abundancia de sua misericórdia, único remédio a humanidade.
No Cenáculo estava também a Virgem, representando as santas mulheres que sobre nós possuiriam o dom da maternidade espiritual. Aqui também! Recebemos Patty Mansfield, testemunha do grande Pentecostes de Duquesne que originou a RCC na Igreja Católica, e Emir Nogueira, nossa estimada amiga e “mãe”. Que honra para nós brasileiros, vê-la falar em um inglês fluente e perfeito sobre a afetividade e a castidade na vida sacerdotal! Patty, de modo mais simples, “in persona Maria”, como ela ultimamente tem dito, declarou escancaradamente seu amor pelos sacerdotes, e exortou-nos a contar ainda mais com a presença do Espírito Santo em nosso ministério. Foi a única pessoa a falar e pedir o Batismo no Espírito Santo para esta grande multidão sacerdotal aqui presente.
Como foi importante vermos o Cardeal de Boston, Sean O’Malley, conduzindo uma solene celebração penitencial. E como foi edificante vermos tantos sacerdotes ajoelhados confessando-se uns aos outros. Outro momento forte, naquela mesma noite de Quarta-feira foi a quantidade de sacerdotes que oravam de joelhos diante da Relíquia do Coração do Cura D’Ars, exposta para nossa veneração na Basílica Subterrânea desde a noite de terça-feira. Tive a impressão que todos pedíamos a mesma coisa: Um coração semelhante ao do nosso patrono! O retiro prosseguiu num apelo de conversão muito forte...
No dia 1 de Outubro, durante o inicio da oração de Laudes, tivemos a imensa felicidade de vermos introduzida naquele grande cenáculo sacerdotal, nada menos que as Relíquias de Santa Teresinha, no seu próprio dia!
O Cardeal Schonborn pela manha nos falou sobre a Eucaristia e a Caridade Pastoral. Tivemos também a grande emoção de escutarmos o testemunho de Jean Vanier, fundador da Arca, que nos introduziu através do texto de Jo 13 a um dos momentos mais fortes desta Quinta-feira sacerdotal: O Lava pés! 1200 sacerdotes, cardeais e bispos lavando os pés uns aos outros e orando uns pelos outros. Que grande mistério do cenáculo compreendemos naquela hora. Quem diria e viria o Cardeal de Viena lavando os pés de um sacerdote ancião de moletas!
Na Santa Missa presidida por ele, durante a Homilia, baseado no Evangelho lucano dos 72, o Cardeal nos falava da importância da Fraternidade Sacerdotal. Citou a de Ars e dizia que certamente existem outras no mundo. Usou a expressão “família espiritual” e “associação sacerdotal”, dizendo que precisamos de uma pertença alem do presbitério...
Renovamos nossa promessas sacerdotais na Missa e logo após a Comunhão, realizamos uma Solene e inesquecível procissão eucarística que parecia não ter mais fim. Do Santuario as ruas de Ars, uma multidão cantava ao Senhor Sacramentado como fazia o Cura: “Il esta lá...Celui qui nous aime tant”.
Com os Santos Anjos iniciamos os exercícios espirituais da Sexta-Feira, dia dedicado a Missao. Pela manha continuava a reflexão o Cardeal de Viena, que respondeu também muitas perguntas feitas pelos participantes. A evangelização dos jovens e a questão do dialogo com o Isla e o mundo mulçumano foram as questões abordadas.
Ainda pela manha tivemos a Santa Missa presidida pelo Cardeal africano Christiam Tumi, que apesar dos seus 79 anos, esbanjou alegria e facilidade de comunicar-nos de forma muito atual a nossa responsabilidade sacerdotal. Fez uma pergunta crucial: Nós queremos seguir Jesus ou queremos que Ele nos siga? Depois afirmou com força: Sem os meios espirituais não podemos nada!
A tarde tivemos dois testemunhos missionários, o primeiro com Dom Grech, um arcebispo australiano muito carismático, que com simplicidade nos lembrava as maravilhas que o Senhor realiza em nossa historia através de suas surpresas. E finalmente, escutamos o nosso Dom Alberto Taveira, que contou toda a sua historia de salvação, desde seus 5 anos com sua primeira comunhão e seu desejo pelo sacerdócio até a grande aventura de ser o primeiro arcebispo de Palmas. Este momento simples e espontâneo, mas forte e convincente, nos preparava para o que iríamos viver na ultima noite do retiro: Um grande Pentecoste pessoal! E assim o foi. A sensibilidade dos dois arcebispos fizeram retornar ao palco as duas figuras femininas que marcaram o retiro: Emir e Patty. Vale lembrar que ambas permaneceram atendendo em escuta e oração muitíssimos sacerdotes durante toda a jornada.
Um grande grupo de oração aconteceu naquela noite, e pela primeira vez durante o retiro, ocorreram as manifestações carismáticas. Muitas graças de conversão e cura foram derramadas sobre aquela nossa assembléia sacerdotal e episcopal. Um sopro novo visitou-nos naquele momento. Escutei muitos testemunhos sobre aquela grande efusão...
No Sabado pela manha, o Cardeal Schonborn falou sobre a importância de Maria na vida sacerdotal. Sublinhando a vida de Maria no coração da Maria, ele foi muito feliz em nos exortar a trabalharmos no que ele chamou de “Pastoral Mariana”.
A Santa Missa de encerramento foi presidida pelo Cardeal de Lyon, Philippe Barbarin.
O Retiro foi verdadeiramente um momento de graça para os que la estavam. Em tudo, apesar de vermos tantas culturas diversas de exercer o ministério, víamos em todos homens sedentos de Deus. Tudo muito bem estruturado, digno de louvor. Agradecemos a Congregação para o Clero, a Fraternidade Sacerdotal São João Maria Vianney e a Comunidade Carismática das Beatitudes. Percebemos que os sacerdotes brasileiros foram bem poucos, e a maioria não eram adeptos e nem abertos a RCC.
Peçamos a Cura D’Ars, que um dia chegou a afirmar que os sacerdotes deveriam ser tão íntimos ao Espírito Santo como estão envolvidos pela batina, que nos conceda a graça de sacerdotes santos e santificadores para o mundo inteiro, e especialmente para o Brasil. Juntos peçamos o novo Pentecostes que a Igreja hoje tanto precisa: Sacerdotes santos pelo Espírito Santo!
Pe. Dudu
dudubr2000@hotmail.com

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