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Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Somos uma Associação privada de fiéis. Nascemos no Cenáculo com a Igreja e para a Igreja, em Roma com a benção do Papa. Amamos a Igreja Católica Apostólica Romana, da qual recebemos o Batismo e buscamos fidelidade autêntica. Em nosso meio estão presentes todos os estados de vida. Nossa identidade é Eucarística e Pentecostal. Nossa Missão é oferecer a vida pelos ministros de Deus, e a santificação das famílias. A O serviço à Igreja, a Adoração e a comunhão Eucarística, a Maternidade Espiritual, e a oração dos pequeninos são os meios nos quais nos esforçamos por cumpri-las. Nosso ideal de vida é a Fraternidade Cristã através do Novo Pentecostes de Amor. Temos alguns amigos no céu que nos ajudam: São João Maria Vianney e a Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo dos Tempos modernos. Assumimos juntamente com a Igreja o movimento pela Santificação dos Sacerdotes e a Maternidade Espiritual. Temos grandes amigos Bispos no Brasil: Dom Alano Maria Pena, Dom Roberto Fracisco Ferrería Paz, Dom Alberto Taveira e Dom José Francisco, nosso atual Arcebispo. Nossa sede atual é na Arquidiocese de Niterói, em Rio Bonito.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AOS PARTICIPANTES DO RETIRO SACERDOTAL INTERNACIONAL

ARS, 27 DE SETEMBRO - 3 DE OUTUBRO DE 2009

Queridos irmãos no sacerdócio
Como facilmente podeis imaginar, ficaria muito feliz por poder participar convosco neste retiro sacerdotal internacional, sobre o tema: "A alegria do sacerdote consagrado para a salvação do mundo". Participais nele em grande número e beneficiais dos ensinamentos do Cardeal Christophe Schönborn. Saúdo cordialmente também os outros pregadores e o Bispo de Belley-Ars, D. Guy-Marie Bagnard. Tenho que me contentar com dirigir-vos esta mensagem gravada mas, crede, através destas poucas palavras, falo a cada um de vós da maneira mais pessoal possível, pois como diz São Paulo: "Trago-vos no coração... por terdes tomado parte na graça que me foi feita" (Fl 1, 7).
São João Maria Vianney sublinhava o papel indispensável do sacerdote, quando dizia: "Um bom pastor, um pastor segundo o Coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus possa conceder a uma paróquia, e uma das dádivas mais preciosas da misericórdia divina" (Le curé d'Ars. Pensées, apresentado pelo abade Bernard Nodet, Desclée de Brouwer, Foi Vivante, 2000, pág. 101). Neste Ano Sacerdotal, todos nós somos chamados a explorar e a redescobrir a grandeza do Sacramento que nos configurou para sempre com Cristo, Sumo Sacerdote, e que nos "santificou na verdade" (Jo 17, 19).
Escolhido entre os homens, o presbítero permanece um deles e é chamado a servi-los, doando-lhes a vida de Deus. É Ele quem "continua a obra de redenção na terra" (Nodet, pág. 98). A nossa vocação sacerdotal é um tesouro que trazemos em vasos de argila (cf. 2 Cor 4, 7). São Paulo expressou felizmente a distância infinita que existe entre a nossa vocação e a pobreza das respostas que podemos oferecer a Deus. Sob este ponto de vista, existe um vínculo secreto que une o Ano paulino ao Ano sacerdotal. Nós conservamos nos nossos ouvidos e no nosso coração, a exclamação comovedora e confiante do Apóstolo, que disse: "Quando me sinto fraco, então é que sou forte" (2 Cor 12, 10). A consciência desta debilidade abre à intimidade de Deus, que incute força e alegria. Quanto mais o sacerdote perseverar na amizade de Deus, tanto mais continuará a obra do Redentor na terra (cf. Nodet, pág. 98). O sacerdote não vive para si mesmo, mas para todos (cf. Nodet, pág. 100).
É precisamente nisto que consiste um dos desafios principais do nosso tempo. O sacerdote, certamente homem da Palavra divina e do sagrado, hoje mais do que nunca deve ser um homem da alegria e da esperança. Aos homens que já não conseguem compreender que Deus é Amor puro, ele há-de reiterar sempre que a vida vale a pena de ser vivida, e que Cristo lhe confere todo o seu sentido porque Ele ama os homens, todos os homens. A religião do Cura d'Ars é a da bem-aventurança, não uma busca mórbida da mortificação, como por vezes se chegou a pensar: "A nossa felicidade é demasiado grande; não, não, jamais o compreenderemos" (Nodet, pág. 110), dizia ele; ou ainda: "Quando nós, homens, estamos a caminho e vemos um campanário, esta visão deve fazer bater o nosso coração, como a visão da casa onde mora o seu amado faz bater o coração da esposa" (Ibidem). Aqui, desejo saudar com afecto particular aqueles de vós que têm a responsabilidade pastoral de muitas igrejas e que se prodigalizam incansavelmente para conservar a vida sacramental nas suas diversas comunidades. O reconhecimento da Igreja para com todos vós é imensa! Não desanimeis, mas continuai a rezar e a fazer rezar, a fim de que numerosos jovens aceitem responder ao chamamento de Cristo, que não cessa de desejar que aumente o número dos seus apóstolos, para ceifar os seus campos.
Amados sacerdotes, pensai também na grande diversidade dos ministérios que exerceis ao serviço da Igreja. Pensai no grande número de missas que celebrastes ou que haveis de celebrar, tornando todas as vezes realmente Cristo presente no altar. Pensai nas inúmeras absolvições que concedestes e que haveis de conceder, permitindo que um pecador se deixe redimir. Então, compreendeis a fecundidade infinita do sacramento da Ordem. As vossas mãos, os vossos lábios tornaram-se, no espaço de um instante, as mãos e os lábios de Deus. Trazeis Cristo em vós mesmos; pela graça, entrastes na Santíssima Trindade. Como dizia o Santo Cura: "Se tivéssemos fé, veríamos Deus escondido no sacerdote, como uma luz por detrás de um vidro, como o vinho misturado com a água" (Nodet, pág. 97). Esta consideração deve levar a harmonizar os relacionamentos entre os presbíteros, em vista de realizar a comunidade sacerdotal à qual São Pedro exortava (cf. 1 Pd 2, 9), para construir o corpo de Cristo e para vos edificar no amor (cf. Ef 4, 11-16).
O sacerdote é o homem do futuro: é aquele que levou a sério as palavras de Paulo: "Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto" (Cl 3, 1). Aquilo que ele realiza na terra, faz parte dos meios ordenados para o Fim último. A missa é o singular ponto de junção entre os meios e o Fim, porque já nos permite contemplar, sob as espécies humildes do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue daquele que eles hão-de adorar pela eternidade. As frases simples e intensas do Santo Cura a respeito da Eucaristia ajudam-nos a compreender melhor a riqueza deste momento único do dia em que vivemos um encontro directo e vivificador para nós mesmos e para cada um dos fiéis. "A felicidade que há em dizer a missa, dizia ele, só se compreenderá no céu!" (Nodet, pág. 104). Este é o motivo pelo qual vos encorajo a confirmar a vossa fé e a dos fiéis no Sacramento que celebrais e que é a nascente da verdadeira alegria. O Santo Cura escrevia: "O sacerdote deve sentir a mesma alegria (dos Apóstolos), ao ver nosso Senhor que ele conserva nas suas mãos" (Ibidem).
Dando graças pelo que sois e pelo que fazeis, repito-vos: "Nada jamais substituirá o ministério dos sacerdotes na vida da Igreja" (Homilia durante a Missa de 13 de Setembro de 2008 na Esplanada dos Inválidos, Paris). Testemunhas vivas do poder de Deus em acção na debilidade dos homens consagrados para a salvação do mundo, meus queridos irmãos, vós fostes escolhidos pelo próprio Cristo para serdes, graças a Ele, sal da terra e luz do mundo. Que durante este encontro espiritual, possais experimentar de modo profundo o Íntimo indizível (cf. Santo Agostinho, Confissões, III, 6, 11 BA 13, pág. 383), para estar perfeitamente unidos a Cristo, a fim de anunciardes o seu Amor ao vosso redor e de estardes totalmente comprometidos ao serviço da santificação de todos os membros do povo de Deus. Confiando-vos à Virgem Maria, Mãe de Cristo e dos sacerdotes, concedo-vos a todos a minha Bênção apostólica.

Dom Claudio Hummes e o Ano Sacerdotal

Muito se tem falado sobre o Ano Sacerdotal. Quando começamos a entender um pouco mais a própria historia da Igreja, percebemos por detrás de toda grande obra divina existe um homem de Deus.

Creio que todos, sobretudo os sacerdotes, deveríamos ser gratos a Dom Claudio por este Ano Sacerdotal. Com toda certeza, mesmo que ninguém tenha afirmado isto explicitamente, creio firmemente que foi o nosso Cardeal Brasileiro o grande inspirador deste ano de graça.

Em Agosto do ano passado, Dom Claudio, franciscano menor e gaucho, nascido em 1934, celebrou 50 anos de sacerdócio. Alem de ter estudado no Brasil, o Cardeal Hummes também estudou na Suíça e em Roma

Teve a difícil tarefa, ainda em São Paulo, de suceder o também Cardeal franciscano Dom Arns. Em 2001 foi feito Cardeal por João Paulo II. Já em 2002 teve o grande privilégio de pregar os exercícios espirituais ao Papa e a Cúria Romana.

Em Outubro de 2006 foi chamado à Roma pelo Papa Bento XVI para assumir a Congregação para o Clero, tornando-se responsável pelos aproximadamente 400 mil sacerdotes espalhados pelo mundo inteiro.

No final do ano de 2007, surpreendeu a todos com uma bela iniciativa. Em nome do Papa, convocou os Bispos e fiéis para um grande movimento de Adoração Eucarística pela Santificação dos sacerdotes e maternidade espiritual. Infelizmente, no Brasil, esta proposta inspirada não obteve muita correspondência.

Em Roma continua a destacar-se. Já foi delegado pontifício representando o Papa por varias vezes. Fez algumas cartas e mensagens aos sacerdotes verdadeiramente profundas. Penso, por exemplo, na Carta aos sacerdotes por ocasião do dia 4 de Agosto de 2008, quando afirmava: “Quando os sacerdotes se movem, a Igreja se move”. Diante dos escândalos co clero americano, afirmou sempre a integridade da maioria dos presbíteros, chegando a afirmar que o numero dos sacerdotes infiéis não passava de 1%.

E como disse no inicio, deve ter sido ele, a propor ao Papa o Ano Sacerdotal. Graças também a ele, a Igreja do Brasil ganha novamente uma certa credibilidade em Roma. Dom Claudio è verdadeiramente um Cardeal amado e respeitado em Roma. Sua simplicidade e seu amor pelos sacerdotes è visível. Suas iniciativas continuam a criar supressas sempre agradáveis. Segundo alguns, teria pedido ao Papa que a formação sacerdotal fosse também tutelada pela Congregação do Clero ao invés daquela da Educação Católica.

Não importa se è papável ou não. Importante è que tem mostrado a santidade de um ministro de Deus. Uma figura da Igreja do Brasil que pode ser uma referencia para cada um de n’os presbíteros neste Ano Sacerdotal!

Pe. Dudu

Sacerdotes Jovens

O ANO SACERDOTAL

Todos conhecemos bem o que disse São Paulo ao jovem presbítero Timóteo: “Que ninguém te despreze pela tua juventude”.

Há algum tempo atrás, Dom Alano dizia que vivíamos na Arquidiocese, o encontro de duas gerações. Uma destas gerações são os assim chamados “padres jovens”.

Ordenados em tenra idade, prematuramente plenos de responsabilidades pastorais, nos sentimos como Daniel na cova dos leões. Descobrimos um mundo que o Seminário não nos pode mostrar. Ha experiências pastorais que ultrapassam nossa própria razão e que com o auxilio do Espírito Santo e a abertura à graça, precisam ser vividas em primeira pessoa. Porem, isto não significa que precisam ser vividas sozinhos...Me recordo que nos primeiros meses na Paróquia perguntei muitas coisas ao Pe. Rogério e ao Pe. Marinho. Também fui muitas vezes na Cúria conversar com Dom Alano. Sacerdotes recém ordenados precisam de acolhimento e ajuda, sim!

Graças a Deus, em nossa Arquidiocese, existe um amor recíproco entre as gerações. Sacerdotes jovens se sentem bem com os sacerdotes idosos e vice versa. Existe respeito e amor. Poderíamos citar tantos exemplos...

Também è edificante nossa relação com Dom Alano. Nos sentimos filhos. Temos com ele abertura completa, acesso direto. Sempre recebemos seus telefonemas. O Santo Padre, no dia 21 de Setembro,falando aos novos bispos (entre eles Dom Tarcisio), falava do elo que une os bispos aos sacerdotes. Quando o novo presbítero coloca suas mãos nas mãos do bispo, dizia ele, ambos assumem responsabilidades: O sacerdote se confia ao bispo e este guarda a identidade do sacerdote.

Na nossa Arquidiocese, os sacerdotes jovens, estão dando um bom testemunho no presbitério. Isto nos alegra, porque vemos que juventude presbiteral não è sinal de imaturidade.Basta vermos tantos ofícios importantes na Arquidiocese que são ocupados pelos jovens sacerdotes: Da Cúria ao Seminário! Do Instituto às Missões!

Oremos pelos jovens sacerdotes! Que este Ano Sacerdotal promova a renovação espiritual que deseja o Papa Bento. Que diante da secularização que coloca sempre à prova nossa identidade presbiteral, possamos dar ao mundo um testemunho mais forte e incisivo de santidade!

Pe. Dudu

Pentecostes Sacerdotal em Ars

Somos quase mil e trezentos sacerdotes do mundo inteiro reunidos na terra de São João Maria Vianney, neste ano que recordamos os 150 anos do aniversario de sua morte, o que certamente inspirou o Santo Padre a proclamar o Ano Sacerdotal.
Neste dias, ajudados por Schonborn, conceituado Cardeal de Viena, e conduzidos pelo Espírito Santo, sentimos um forte apelo a conversão e a uma graça particular de vivermos a misericórdia. Este caminho de simplicidade tem sido a estrada que nos possibilitara viver a proposta do retiro: Redescobrirmos a alegria de termos sido consagrados sacerdotes para a salvação do mundo!
Já nos primeiros momentos do retiro, fomos surpreendidos por uma Mensagem televisionada do Santo Padre. De forma muito pessoal e carinhosa, ele reconhecia e se dirigia aos sacerdotes que estão se gastando na Paróquia, dizendo: “Não desanimem. Rezem e façam o povo rezar”. Pedia que pensássemos em quantas missas já celebramos e em quantas ainda devemos celebrar... Pedia que realizássemos uma “comunidade sacerdotal”, e finalizava dizendo: “Agradeco pelo que vocês são e pelo que vocês fazem”.
No Ano em que o Cura D’Ars se torna “padroeiro de todos os sacerdotes do mundo”, sua atualidade é ainda incrível. A partir de sua vida completamente doada, e através de suas palavras simples, mas agudas como flechas, reencontramos nossa identidade (somos o “Amor do Coração de Deus ”) e nossa missão (viver para “mostrar o caminho do céu”).
Suas maiores crises, como a desesperação e o desejo de sair da Paroquia, foram sanadas diante do Tabernaculo. Diante da Eucaristia encontrava a resposta para o que precisava. Não se cansava de dizer ao seu povo enquanto apontava para o Tabernaculo: “Ele está aqui!”. Todos os Cardeais e Bispos estão nos pedindo nestes dias que somos convidados a celebrar diariamente a Eucaristia, não apenas porque os fieis a desejam, mas porque nós precisamos. Muito cuidado temos que ter diante da teologia do “ex opere operato”, que pode dar margem ao funcionalismo vazio e estéril. O Cardeal nos lembrava que agir “in persona Christi” não significa estar imune de pecados. Como está sendo emocionante ver mais de mil sacerdotes prostrados adorando a Eucaristia durante a Adoração! Como temos necessidades de orar ainda mais...
Dom Claudio Hummes nos falava claramente que a Igreja caminha com os pés dos sacerdotes. A Igreja reconhece a missão de seus sacerdotes, como também tem certeza que a cultura dominante não os ajuda em nada a serem discípulos. Nosso Cardeal brasileiro ainda nos exortava para reencontramos a alegria de sermos padres reencontrando o caminho do discipulado, renovando diariamente a espiritualidade sacerdotal. Para mim, particularmente, me tocou uma frase dele: “A Missa deve ser a formadora e a confirmadora da nossa vocação”.
Do Cardeal Arcebispo de Paris, ouvimos um forte clamor no final da Santa Missa na Terça feira: Precisamos de sacerdotes santos hoje e amanha!
Como também foi interessante ouvir o Bispo de Ars, Guy-Maria, que permaneceu conosco todo o retiro. Ele fez uma comparação que talvez nenhum de nós havia pensado. Dizia ele, que naquela mesma região que o Cura viveu, nasceu também Voltaire, um dos lideres do iluminismo, que proclamou a onipotência da razão para esmagar os crentes. Um século depois, continuava o bispo, aquele pobre sacerdote profetizou com a vida a primazia de Deus e a abundancia de sua misericórdia, único remédio a humanidade.
No Cenáculo estava também a Virgem, representando as santas mulheres que sobre nós possuiriam o dom da maternidade espiritual. Aqui também! Recebemos Patty Mansfield, testemunha do grande Pentecostes de Duquesne que originou a RCC na Igreja Católica, e Emir Nogueira, nossa estimada amiga e “mãe”. Que honra para nós brasileiros, vê-la falar em um inglês fluente e perfeito sobre a afetividade e a castidade na vida sacerdotal! Patty, de modo mais simples, “in persona Maria”, como ela ultimamente tem dito, declarou escancaradamente seu amor pelos sacerdotes, e exortou-nos a contar ainda mais com a presença do Espírito Santo em nosso ministério. Foi a única pessoa a falar e pedir o Batismo no Espírito Santo para esta grande multidão sacerdotal aqui presente.
Como foi importante vermos o Cardeal de Boston, Sean O’Malley, conduzindo uma solene celebração penitencial. E como foi edificante vermos tantos sacerdotes ajoelhados confessando-se uns aos outros. Outro momento forte, naquela mesma noite de Quarta-feira foi a quantidade de sacerdotes que oravam de joelhos diante da Relíquia do Coração do Cura D’Ars, exposta para nossa veneração na Basílica Subterrânea desde a noite de terça-feira. Tive a impressão que todos pedíamos a mesma coisa: Um coração semelhante ao do nosso patrono! O retiro prosseguiu num apelo de conversão muito forte...
No dia 1 de Outubro, durante o inicio da oração de Laudes, tivemos a imensa felicidade de vermos introduzida naquele grande cenáculo sacerdotal, nada menos que as Relíquias de Santa Teresinha, no seu próprio dia!
O Cardeal Schonborn pela manha nos falou sobre a Eucaristia e a Caridade Pastoral. Tivemos também a grande emoção de escutarmos o testemunho de Jean Vanier, fundador da Arca, que nos introduziu através do texto de Jo 13 a um dos momentos mais fortes desta Quinta-feira sacerdotal: O Lava pés! 1200 sacerdotes, cardeais e bispos lavando os pés uns aos outros e orando uns pelos outros. Que grande mistério do cenáculo compreendemos naquela hora. Quem diria e viria o Cardeal de Viena lavando os pés de um sacerdote ancião de moletas!
Na Santa Missa presidida por ele, durante a Homilia, baseado no Evangelho lucano dos 72, o Cardeal nos falava da importância da Fraternidade Sacerdotal. Citou a de Ars e dizia que certamente existem outras no mundo. Usou a expressão “família espiritual” e “associação sacerdotal”, dizendo que precisamos de uma pertença alem do presbitério...
Renovamos nossa promessas sacerdotais na Missa e logo após a Comunhão, realizamos uma Solene e inesquecível procissão eucarística que parecia não ter mais fim. Do Santuario as ruas de Ars, uma multidão cantava ao Senhor Sacramentado como fazia o Cura: “Il esta lá...Celui qui nous aime tant”.
Com os Santos Anjos iniciamos os exercícios espirituais da Sexta-Feira, dia dedicado a Missao. Pela manha continuava a reflexão o Cardeal de Viena, que respondeu também muitas perguntas feitas pelos participantes. A evangelização dos jovens e a questão do dialogo com o Isla e o mundo mulçumano foram as questões abordadas.
Ainda pela manha tivemos a Santa Missa presidida pelo Cardeal africano Christiam Tumi, que apesar dos seus 79 anos, esbanjou alegria e facilidade de comunicar-nos de forma muito atual a nossa responsabilidade sacerdotal. Fez uma pergunta crucial: Nós queremos seguir Jesus ou queremos que Ele nos siga? Depois afirmou com força: Sem os meios espirituais não podemos nada!
A tarde tivemos dois testemunhos missionários, o primeiro com Dom Grech, um arcebispo australiano muito carismático, que com simplicidade nos lembrava as maravilhas que o Senhor realiza em nossa historia através de suas surpresas. E finalmente, escutamos o nosso Dom Alberto Taveira, que contou toda a sua historia de salvação, desde seus 5 anos com sua primeira comunhão e seu desejo pelo sacerdócio até a grande aventura de ser o primeiro arcebispo de Palmas. Este momento simples e espontâneo, mas forte e convincente, nos preparava para o que iríamos viver na ultima noite do retiro: Um grande Pentecoste pessoal! E assim o foi. A sensibilidade dos dois arcebispos fizeram retornar ao palco as duas figuras femininas que marcaram o retiro: Emir e Patty. Vale lembrar que ambas permaneceram atendendo em escuta e oração muitíssimos sacerdotes durante toda a jornada.
Um grande grupo de oração aconteceu naquela noite, e pela primeira vez durante o retiro, ocorreram as manifestações carismáticas. Muitas graças de conversão e cura foram derramadas sobre aquela nossa assembléia sacerdotal e episcopal. Um sopro novo visitou-nos naquele momento. Escutei muitos testemunhos sobre aquela grande efusão...
No Sabado pela manha, o Cardeal Schonborn falou sobre a importância de Maria na vida sacerdotal. Sublinhando a vida de Maria no coração da Maria, ele foi muito feliz em nos exortar a trabalharmos no que ele chamou de “Pastoral Mariana”.
A Santa Missa de encerramento foi presidida pelo Cardeal de Lyon, Philippe Barbarin.
O Retiro foi verdadeiramente um momento de graça para os que la estavam. Em tudo, apesar de vermos tantas culturas diversas de exercer o ministério, víamos em todos homens sedentos de Deus. Tudo muito bem estruturado, digno de louvor. Agradecemos a Congregação para o Clero, a Fraternidade Sacerdotal São João Maria Vianney e a Comunidade Carismática das Beatitudes. Percebemos que os sacerdotes brasileiros foram bem poucos, e a maioria não eram adeptos e nem abertos a RCC.
Peçamos a Cura D’Ars, que um dia chegou a afirmar que os sacerdotes deveriam ser tão íntimos ao Espírito Santo como estão envolvidos pela batina, que nos conceda a graça de sacerdotes santos e santificadores para o mundo inteiro, e especialmente para o Brasil. Juntos peçamos o novo Pentecostes que a Igreja hoje tanto precisa: Sacerdotes santos pelo Espírito Santo!
Pe. Dudu
dudubr2000@hotmail.com