Quem somos

Minha foto
Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Somos uma Associação privada de fiéis. Nascemos no Cenáculo com a Igreja e para a Igreja, em Roma com a benção do Papa. Amamos a Igreja Católica Apostólica Romana, da qual recebemos o Batismo e buscamos fidelidade autêntica. Em nosso meio estão presentes todos os estados de vida. Nossa identidade é Eucarística e Pentecostal. Nossa Missão é oferecer a vida pelos ministros de Deus, e a santificação das famílias. A O serviço à Igreja, a Adoração e a comunhão Eucarística, a Maternidade Espiritual, e a oração dos pequeninos são os meios nos quais nos esforçamos por cumpri-las. Nosso ideal de vida é a Fraternidade Cristã através do Novo Pentecostes de Amor. Temos alguns amigos no céu que nos ajudam: São João Maria Vianney e a Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo dos Tempos modernos. Assumimos juntamente com a Igreja o movimento pela Santificação dos Sacerdotes e a Maternidade Espiritual. Temos grandes amigos Bispos no Brasil: Dom Alano Maria Pena, Dom Roberto Fracisco Ferrería Paz, Dom Alberto Taveira e Dom José Francisco, nosso atual Arcebispo. Nossa sede atual é na Arquidiocese de Niterói, em Rio Bonito.

domingo, 10 de abril de 2011

TELEGRAMA DO SANTO PADRE PARA A TRAGÉDIA DO RIO


"Profundamente consternado pelo dramático atentado realizado contra crianças indefesas em um colégio municipal no bairro do Realengo, Sumo Pontífice deseja assegurar através de Vossa Excelência Revma. sua solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus filhos e toda a comunidade escolar com votos de pronta recuperação dos feridos. Santo Padre convida todos os cariocas, diante desta tragédia, a dizer não à violência que constitui caminho sem futuro, procurando construir uma sociedade fundada sobre a justiça e o respeito pelas pessoas, sobretudo os mais fracos e indefesos. Em nome de Deus para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança, Sua Santidade Papa Bento XVI concede-lhes uma confortadora Bênção Apostólica."


Cardeal Tarcisio Bertone
Secretário de Estado do Vaticano


Massacre em Realengo

Neste momento de dor e luto nacional, nós da Fraternidade Sacerdotal do Cenáculo, e católicos de Rio Bonito, nos unimos espiritualmente a cada família enlutada da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O momento é quase imaginável. Mais uma vez, percebemos o preço tão caro de uma sociedade sem Deus. Famílias desestruturadas geram filhos doentes. Cenas e notícias que nos eram comuns em outros países, nos atingiram de modo tão próximo e tão cruel. Numa carta tão absurda, a alma de uma geração jovem tão perdida e confusa, contaminada com a cultura de morte.

Que Deus tenha muita misericórdia do assassino e suícida de Realengo. Só em Deus estas famílias poderão passar por este vale da sombra da morte. Sustentaremos cada uma delas com nossa oração.

Que Nossa Senhora que também viu Seu Filho ser morto cuel e injustamente console cada coração materno.


Em Cristo,

Pe. Dudu, Fraternidade Sacerdotal do Cenáculo e Paroquianos

Massacre em Realengo. Onde estamos errando?

Ouvi, vi, pensei, chorei e rezei.

O que pensar no que está acontecendo no Brasil e no mundo? Desta vez, a dor maior se deu porque a maldade caiu sobre os mais inocentes e indefesos: Nossos pequeninos! Isso não poderia acontecer com as crianças do nosso país!

O mal não dorme nem desiste. O intuito era matar. A brutalidade do atirador foi desumana. A crueldade do mal tentou exterminar a inocência e a pureza das crianças.

O assassino da escola de Realengo: Psicose ou possessão? Como faz falta uma família! Imagens que nunca mais sairão de nossas cabeças. Uma quinta-feira que ficará na história do Estado do Rio, do Brasil e do mundo.

Mesmo quem estava “acustumado” a lidar com a morte, chorou. Médicos, enfermeiros e voluntários. Até a presidente do país. Ao menos não perdemos a sensibilidade!

A última trajetória das crianças? Da casa para a escola, da escola para o IML...

A trajetória do assassino suícida? “Trabalho, casa e computador”. Disseram os vizinhos. Comportamento retraído e muito tímido. Vivia a noite inteira no computador, que foi encontrado queimado na casa onde vivia sozinho há 8 meses.

Os indícios indicam que toda ação foi premeditada em detalhes. Pensando no seu próprio funeral...um ritual macabro.

Como tratar o perfil do criminoso?

Doença mental hereditária por parte de sua mãe biológica? Um surto psicótico derivado de uma esquizofrenia com um falso conteúdo religioso? As duas coisas juntas, usadas pelo demônio para matar?

Como adquiriu o conhecimento para atirar? Internet, dizem.

A origem das armas? E o desarmamento Brasil?

Quantas perguntas a sociedade deveria fazer neste momento? Temos culpa? Será que alguém procurou este rapaz nestes oito meses que ele estava sozinho? Será que alguém lhe falou de Deus? Foi amado? Foi ouvido?

Somos chamados a repudiar não somente estes atos desumanos; mas precisamos pensar no porquê eles chegam a acontecer. É nossa responsabilidade também evitar para que cenas destas nunca mais aconteçam.

Que seja um ato isolado. Digno de louvor é a solidariedade dos parentes que doaram os órgãos das crianças. Que Deus lhes recompense doando-lhes a fortaleza e o conforto que nós não podemos oferecê-los.

Aproximando-nos da Páscoa, momento em que Jesus morre Inocente pelos inocentes, peçamos juntos: Cordeiro de Deus que tirai o pecado do mundo, dai-nos a paz!

Pe. Dudu


"Novos pastores para uma nova evangelização"


No decorrer de todos estes anos, vemos diversos acontecimentos na história da Igreja e do mundo. Livros, canais de TV, jornais entre outros nos relatam verdades... uns, verdade de fé. Outros, verdades de um mundo contemporâneo, que em seu individualismo e achismo nos apresentam pensamentos e conclusões vãs onde buscamos fundamentos e somente encontramos uma coisa: a ausência de Deus...

Há poucos dias, em primeira página do L'OSSERVATORE ROMANO de 5 de março de 2011, nos foi apresentado as temáticas do próximo Sínodo, que dizia exatamente: "Secularização, fenômeno migratório, meios de comunicação, crise econômica, pesquisa científica e tecnologia, mudanças políticas", como sendo estes "os seis cenários que ao longo das últimas décadas interpelam a Igreja e exigem uma resposta adequada, a fim de que também eles se tornem lugares de testemunho dos cristãos, chamados a transformá-los com o anúncio do Evangelho", ou seja, além de estarmos em transformação a todo instante, é preciso responder a diversos questionamentos de acordo com o que surge. Ao mesmo tempo em que criam novas tecnologias, descobrem-se novos "horizontes", muda-se de presidentes, convertem-se as moedas e presenciamos toda uma evolução quanto ao desenvolvimento humano, trazem para a nossa realidade um materialismo que se torna incontrolável, desordenado. O tempo em que vemos e vivemos hoje não é uma novidade. Se olharmos o decorrer dos fatos, tudo infelizmente tem sido conseqüências de uma série de pensamentos errôneos que levaram o homem a entender uma autoridade e "posto" que não lhe cabe, e que o leva literalmente à loucura da "serpente" de imaginar chegar um dia ao patamar de Deus, e elevar-se ao título de "Deus", de "criador", no conhecimento e descobertas... Na soberania de um poder que é falho, devido ao pensamento meramente humano de que o homem é alguma coisa, quando na realidade só está.... Na mentalidade de um ter, quando na verdade tudo o que tem nada é quando chega a hora da morte e tudo o que lutou para ter materialmente nada vale se não teve um sentido e o objetivo de levar a si e os outros a ter o coração no Céu. E isso tem se infiltrado no coração da Igreja aos poucos, minando toda tentativa de mudança interior, de uma busca de transformação, porque transformar dá trabalho... E este tipo de trabalho não parte das práticas externas. Estas são apenas conseqüências. Parte, sim, das mudanças interiores, e essas mudanças somente o Espírito pode realizar com o nosso consentimento! E quem hoje se recorda de pedir que venha o Espírito Santo? E quando pede, quem concede a verdadeira liberdade para que O mesmo possa agir de maneira que interfira radicalmente em suas atitudes e pensamentos? O Espírito Santo fala ao Santo Padre, o Papa, e por ele à nós! A Beata Elena Guerra já dizia e questionava em suas cartas ao Papa Leão XIII : "Quem, ó Santo Padre, pode fazer com que o Espírito Santo seja mais conhecido, e mais honrado, senão o Vigário de Jesus sobre a terra, do qual não somente as ordens, mas também os desejos, possuem sobre os corações dos fiéis uma forte eficácia? E agradecendo aos céus, temos visto, como os bons católicos, somente pelo fato do Papa dizer uma palavra já fazem dela uma lei: lei do amor, e exultam em obedecer." É indiscutível as palavras de Verdade que ouvimos diariamente de nosso Pastor, porque sabemos que seu olhar não foge do olhar de Jesus, e por isto o barco de Pedro não afunda. Mas quem as escuta? Quem as executa?

O mundo parece ter medo de Deus...medo daquilo que precisa ser convertido e que nos levará a mudanças quando se trata de uma submissão ao domínio de Deus. Medo de uma transformação interior que, com certeza, traria novamente para nós a tão sonhada "civilização do Amor". Diante disto, Ele nos dá a oportunidade de responder ao mundo mesmo em meio a tanta contradição, que a Sua Vontade não é ver o homem se destruindo por uma cultura onde se faz o que quer...podemos perceber como o mundo tem se tornado um caos. Enquanto nos é dispensado tamanha ocupação de Deus com o ser humano, mais este tem desejado apagar a Sua existência. Hoje mais do que nunca, somos chamados a erguer a nossa fé, crer e confiar que quando o Senhor pede algo é porque existem os meios. Ele é o primeiro a acreditar em nós e por isso pede. E este meio nada mais é do que nos deixarmos impulsionar pelo Espírito de Cristo para que sejamos homens movidos por este Amor e com este Amor sustentar a Verdade de nossa fé, de nossa esperança, que é Cristo.

Necessitamos orientar nossas vidas para o que o Espírito Santo nos condiciona: a realização de um Novo Pentecostes interior para o nascimento de novos pastores para uma nova evangelização! Não basta em meio a um progresso de uma sociedade, numa visão humana, acompanhar tudo o que ocorre e sermos formados por conceitos que desconfiguram a dignidade de verdadeiros pastores. O futuro da Igreja, diante da promessa de que "as portas do inferno não prevalecerão sobre ela" exige de nós o mínimo de força para compreendermos e vivenciarmos o que o Papa Bento nos descreve na homilia da celebração das vésperas da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, na Basílica de São Paulo fora dos Muros, por ocasião do encerramento do Ano Paulino: A mesma coisa Paulo evidencia ainda a partir de outro ângulo. No capítulo da Carta aos Efésios ele nos fala da necessidade de que "sejais robustecidos, por meio do seu Espírito, quanto ao homem interior" (3,15). Com isso responde um tema que antes, numa situação de tribulação, tinha tratado na Segunda Carta aos Coríntios: "Mesmo se o nosso físico vai se arruinando, o nosso interior, pelo contrário, vai se renovando a cada dia" (4,16). E ainda: "O vazio interior, a fraqueza do homem interior, é um dos grandes problemas de nosso tempo." Não podemos, então, permanecer vazios, a não ser vazios de nós mesmos! Onde há lugar preenchido e tomado pelo Divino Espírito, não há espaço para mais nada! É preciso que sejamos, como Paulo, cheio do Espírito Santo para provar ao mundo que nossa missão de evangelizadores, como discípulos-missionários de Cristo, contém em si eficácia diante de tantas respostas nas quais tanto somos convocados a dar, como testemunho de conversão. Testemunho este que não nos leva a inventar palavras, mas que mostra com a nossa vida que somos sementes germinadas pelo sangue de mártires que se deixaram guiar pela potência do Divino Paráclito e acreditaram que o seu martírio era o ápice da vida daqueles que se deixam impulsionar pelo Amor e pelo ardor em seus corações pela causa do Evangelho. Mas é preciso compreender que sem a conversão de nossa mentalidade mesquinha, individualista, orgulhosa e temerosa, não há transformação! A autenticidade de um ministério se dá pelo martírio primeiramente na morte de nós mesmos, e não em meio a tanta omissão.

Aproveitemos a oportunidade para fazer desta Semana Santa que se aproxima, um tempo de reflexão sobre o ministério sacerdotal de Cristo que é configurado a homens simples, mas sempre suscitados para um novo tempo. Não apenas para realizar ou transformar situações, culturas, entre outros, e sim para experimentar a graça do esforço em nos deixarmos tomar pelo Amor incondicional de Cristo, que nos foi configurado não para nós mesmos, mas para o Seu povo! Se acreditarmos que o Espírito Santo e o próprio Cristo são as duas mãos de Deus Pai que trabalham em nós, é possível compreender que Cristo Sacerdote deseja modelar toda uma nova sociedade conforme a Cruz a partir do momento em que a mesma se deixa podar e modelar por esta outra Mão que é o Espírito, nos capacitando a um processo contínuo e constante de conversão diária. Conversão implica em decisão. E cabe a nós esta resposta primeira, esboçando o novo, bloqueando o consumo de "enganos transvestidos" que levam as almas a uma conformidade que não é a da Cruz.