Quem somos

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Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, Brazil
Somos uma Associação privada de fiéis. Nascemos no Cenáculo com a Igreja e para a Igreja, em Roma com a benção do Papa. Amamos a Igreja Católica Apostólica Romana, da qual recebemos o Batismo e buscamos fidelidade autêntica. Em nosso meio estão presentes todos os estados de vida. Nossa identidade é Eucarística e Pentecostal. Nossa Missão é oferecer a vida pelos ministros de Deus, e a santificação das famílias. A O serviço à Igreja, a Adoração e a comunhão Eucarística, a Maternidade Espiritual, e a oração dos pequeninos são os meios nos quais nos esforçamos por cumpri-las. Nosso ideal de vida é a Fraternidade Cristã através do Novo Pentecostes de Amor. Temos alguns amigos no céu que nos ajudam: São João Maria Vianney e a Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo dos Tempos modernos. Assumimos juntamente com a Igreja o movimento pela Santificação dos Sacerdotes e a Maternidade Espiritual. Temos grandes amigos Bispos no Brasil: Dom Alano Maria Pena, Dom Roberto Fracisco Ferrería Paz, Dom Alberto Taveira e Dom José Francisco, nosso atual Arcebispo. Nossa sede atual é na Arquidiocese de Niterói, em Rio Bonito.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ordenação Diaconal

E aí??? Já decidiu onde seu filho estudará no ano de 2013?
Não perca tempo!!! Matricule-o no Instituto Educacional Elena Guerra!
"Educando no Espírito para a formação de novos homens!"

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sacerdotes em Renovação : A Missão dos Sacerdotes na Renovação Carismática

 Entre o fenômeno da secularização e a crise de fé, o sacerdote precisa ser o homem de Deus que aponta o caminho do céu aos seus irmãos e irmãs. Nestes tempos difíceis só o Espírito Santo poderá guardar a transcendência do ministério ordenado, e ao mesmo tempo enviá-lo como discípulo-missionário.

          O Movimento Carismático pode ser uma fonte de graça  para a vida de um presbítero que busque a vida no Espírito.  Desejamos que um Novo Pentecostes alcance a vida dos  padres no Brasil. Somente padres cheios do Espírito renovarão a Igreja e a Sociedade. Que o Espírito do Senhor nos leve ao avivamento de nossa vocação e missão: Sacerdotes santos pelo Espírito Santo!

  Pedidos: Editora Cenáculo Universal ( editoraecu@hotmail.com)

" EU JÁ NÃO VOS CHAMO SERVOS, EU VOS CHAMO AMIGOS" Ordenação Sacerdotal





           Neste último sábado, dia 09 de junho de 2012, o Espírito Santo nos agraciou com mais três novos sacerdotes para a nossa Arquidiocese de Niterói. Presidida, a celebração, por nosso atual Arcebispo, Dom José Francisco,  com a honra da presença de Dom Roberto Ferreria Paz (Bispo de Campos) e Dom Frei Alano Maria Pena, OP (Bispo Emérito), foram ordenados neo-sacerdotes: Franciello, Pedro Paulo e Rafael Santana.             

           Dom José Francisco ressaltou, em sua homilia, aos sacerdotes presentes, aos novos e ao povo de Deus a verdadeira essência e missão de um Bom Pastor, recordando o que  São Paulo nos diz:  "Não é a nós mesmos que pregamos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos por causa de Jesus " .  E seguiu: "O padre então é um servo, é um servo da Palavra de Deus. Como Sacerdote, o padre também é chamado a ser canal da graça de Cristo, na celebração do sacramento do batismo, da confissão, da unção dos enfermos, do matrimônio, e especialmente no Sacramento da Eucaristia. Como a Igreja nos ensina, 'A Eucaristia é a principal e central razão de sermos sacerdotes, que nasceu no momento da instituição da Eucaristia e juntamente com ela.' Na Eucaristia, cada um de nós recebe Cristo, mas também Cristo recebe cada um de nós. E como pastor, o padre recebe a missão de reunir a família de Deus no Amor de Jesus. 'Como o Pai que ama, assim também Eu vos amo. Permanecei no meu Amor. Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem maior Amor do que aquele que dá a vida por seus amigos'. E esta missão pastoral exige do padre ir à frente com Jesus e em nome de Jesus, conduzindo o rebanho para Deus. Ir à frente em nome de Jesus significa preparar o caminho do coração, para que cada um acolha a graça do Cristo.   "

       


         

             Ao final,  "nós somos a morada da Santissima Trindade. Somos o tabernáculo de Deus. O Sacrário de Deus em todos os cantos da terra. " referindo-se à consciência que cada sacerdote deve ter diariamente.
Sejam bem-vindos, amados neo-sacerdotes: Padre Franciello, Padre Pedro Paulo e Padre Rafael Santana!  Contem com nossas orações!


Por vós rogamos e nos consagramos!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CONVERSA COM JESUS NUMA TARDE DE SEXTA FEIRA SANTA

 
A tarde cai por detrás da serra, a luz se esvai no clarão do mar.

Você, Jesus carregou – você mesmo – a cruz às costas (Jo 19,17). É como se visse Abraão e Isaac subindo o monte Moriáh.
"Meu pai, aqui estão o fogo e a lenha. Mas onde estará o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22,7). Deus providenciará! Subiu o pai, repetindo, para si mesmo. A cada passo, uma nova repetição.
A cada nova repetição, uma força a mais para se apegar ao impossível.

Agora, Jesus, é a sua vez de repetir: O Pai providenciará. Mas, e se o Pai se cala: silencia toda palavra, todo gesto, toda intenção? Naquele oceano de dor, o que mais lhe doía era a ausência de quem sempre esteve lá e não poderia deixar estar, justo ali?"Por que me abandonaste?" (Mt 27,46). Onde estaria o cordeiro para o holocausto? Onde Pai? Você, meu Filho, você é o cordeiro.

Faltem-me todas as presenças. Esvaziem-se todas as vozes. Quanto mais funda se tornar a areia sob meus pés, quanto mais cortante for o vento, quanto mais cerrado o nevoeiro, ainda mais nítida se torne sua voz, com uma palavra única, uma palavra só, e somente esta: Sou eu, não temas! São seiscentos metros desde o horror do pretório ao horror do Calvário. Pouco, para quem caminha em vida. Muito, para quem se arrasta à beira da morte. Mas eu peço: não pare, Senhor.
Nem desça da cruz, por favor. Não se permita não alcançar o fim. Que será de nós se esse rio não desaguar no mar? Deixe que se arrastem as três intermináveis horas. Espera o fel para os seus lábios. Oferece o lado para o rasgão bendito. Fique até o fim. Mostre ao mundo a distinção essencial entre acabar e consumar-se. Não tivemos água para sua sede. Não tivemos ombro para o seu cansaço. Não tivemos remédio para sua dor. Algum dia, tivemos algo mais do que vinagre? Que lugar ocupamos na distância que lhe trouxe até esse topo de colina? Quem fomos ao longo desse caminho amargo: a Mãe, Cireneu, Verônica, as mulheres, Pedro, os soldados?

Agora, Senhor, descanse seu sono, breve como a aragem da manhã. Você foi além do esperado, do previsível, do prometido. Já o sol se põe, lá longe. As espigas dançam ao vento, douradas de luz, do mais lindo sol poente que já houve. Os homens ainda não sabem que estão libertos de antigas cadeias. Mas eu sei. Nós dois sabemos. Outros saberão. E, se um dia, sopros misteriosos apagarem todas as estrelas e a luz se apagar, e mãos invisíveis soltarem todas as tempestades... Se um dia, a desolação interior nos levar a exclamar: Por que me abandonaste?... É que chegou a hora da plenitude, a nona hora: a nossa hora. Estaremos prontos e seremos dignos? Até o fim?
"Das profundezas minha alma clama a ti. Deus meu, ouve o meu grito!" (Sl 129).
Você, Senhor, desceu até águas profundas e se afogou cercado de sombras. Mas nessa hora, ouviu-se a voz do Pai, que parecia ausente, se manifestar. Não era possível que a morte ocupasse o centro da sua vida e o vazio, o centro de tudo que você foi. Você arrastou consigo a miséria do mundo para o nada em que se viu convertido. Enfim, o Pai o chamou, e o ergueu e você está nas em Suas mãos. Tudo se consumou! Pelas rotas escuras da noite avança a aurora. Das entranhas da morte brota e cresce, ereta como o cipreste, a árvore da ressurreição. Ainda que outros digam que nada mudou, a mão do Pai se manifesta, e Ele diz à morte: Jamais terás a palavra final!
"O Senhor é o pastor que me conduz, nada me falta. Passarei os mais negros abismos, sem temer mal nenhum" (Sl 23).
Mais dia menos dia, terei também eu a chance única de dizer ao Pai, que a grande homenagem a ser a Ele prestada, é a de aceitar, todo dia e a cada instante, não poder ver um palmo diante dos olhos e, mesmo assim, confiar e prosseguir. Que rumo tomará minha vida? Não sei nem me importo. O Pai sabe: só isso importa.

Fui morto na cruz com Cristo. Vivo, mas já não sou mais eu que vivo: é Cristo quem vive em mim (Gl 2,19).

Acabou? Não! Apenas começou.
Agora, Senhor, é a hora das lâmpadas se encherem de óleo, das figueiras estéreis florescerem, da colheita, da festa de casamento e da dança. As cadeias irão se abrir, as espadas vão se enferrujar. Chegou, enfim, o dia de ver o Pai vestindo os lírios do campo e alimentando os pardais, pelas praças.

Que ao seu Nome, Jesus, todo joelho se dobre, no céu, na terra e sob a terra, e toda língua confesse, que só você é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Amém!
+ Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo Metropolitano de Niterói

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Transfusão de almas

Publicado por: Thiago Maia

Na minha última palavra escrita aos irmãos da Igreja de Duque de Caxias, contei-lhes esta história.
Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre as mais feridas, estava uma menina de 8 anos, considerada em pior estado. Era necessário chamar ajuda por rádio e depois de algum tempo um médico e uma enfermeira da Cruz Vermelha chegaram ao local.
A situação era gravíssima. Eles teriam de agir rapidamente, senão a menina morreria por causa do traumatismo e da perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas como? Não foram precisos muitos testes para perceberem que os dois não tinham o tipo de sangue apropriado. Reuniram então as crianças e, entre gesticulações, arranhando no idioma, tentaram explicar o que estava acontecendo e que precisavam de um voluntário para doar o sangue.
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menininho vietnamita. Foi verificado que ele tinha o mesmo tipo de sangue da menina, ele foi preparado rapidamente ao lado da menina agonizante e, aí, espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho com os olhos fixos no teto. Passado um momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a outra mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou novamente preocupado, voltou a lhe perguntar e ele novamente negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas contínuo.
Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico lhe pediu que ela procurasse saber o que estava acontecendo com o menino doador. Com voz meiga, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos médicos da Cruz Vermelha: “Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que vocês haviam explicado e ficou achando que tinha de doar todo o seu sangue para que a menina não morresse.” O médico se aproximou do menino e com a ajuda da enfermeira, perguntou: “Mas, se era assim, por que você se ofereceu para doar o seu sangue para a menina?” O menino respondeu simplesmente: “Ela é minha amiga.”
Aproveitei dessa história para dizer a eles que a minha estadia no campo pastoral daquela Igreja havia sido como uma transfusão de alma onde todos havíamos sido doadores, mas que quem mais tinha recebido, claro, havia sido eu, até por uma questão numérica. Eles eram muitos para doar, e eu, um só.
Hoje, venho a vocês, irmãos e irmãs da Igreja de Niterói, pra lhes dizer a mesma coisa. Estou chegando, vim de malas, de alma e de coração. Vim inteiro. Nas malas trouxe a bagagem da espiritualidade de uma vida construída lentamente, depurada como licor, nos corredores dos seminários, nas estradas de terra batida das paróquias onde atuei, no encontro com povo simples de quem aprendi a urgência do primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas – todas – as coisas. Em meio a essa bagagem encontram-se noites e noites não dormidas, uma ou outra disfunção orgânica, pensamentos que giraram feito cata-ventos pelas angústias do Reino. Sim, porque o zelo da casa do Senhor sempre me consumiu (Jo 2,17). Quando eu abrir todas as malas, vocês verão que junto com tudo o que carrego nessa bagagem, vieram também itens muito preciosos: alegria, disposição, carinho, entrega e, sobretudo, esperança.
Ao contrário do menininho vietnamita da história, não terei medo de esticar meus braços, os dois, em sua direção, para entregar-me por inteiro a vocês. No entanto, exatamente como ele, da mesma forma que ele, com a mesma motivação, esticarei meus dois braços na direção dos que me foram confiados, como quem confia, como a criança confia. Porque vocês são meus amigos. E em certos momentos, ser amigo é ainda mais do que ser irmão.
Fiz três pedidos finais aos irmãos que ficaram na outra Igreja. Peço a vocês a licença de poder modificá-los aqui. Lá, pedi que acolhessem com amor o novo pastor. Aqui, peço que me permitam amá-los com a intensidade do amor primeiro. Lá, pedi que rezassem por mim. Aqui, prometo incluí-los em todas as minhas orações e peço para ser incluído nas suas. Lá, pedi que eles tivessem sempre uma cadeira acolhedora e uma xícara de café passado na hora, para quando eu sentisse saudades e os quisesse rever. Aqui, quero fazer do meu coração essa cadeira acolhedora e lhes garantir que todos os meus espaços de alma pertencem a vocês, para que se sintam em casa dentro de mim. Só não dispenso a boa xícara de café passado na hora. E até espero, se for preciso, no tempo de uma boa conversa de mineiro. Porque somos amigos. Lembram-se?
Deixo-lhes minhas primeiras bênçãos com todos os penhores de graças do Senhor. Confio-me à Virgem Auxiliadora, padroeira do meu primeiro seminário, de quem aprendi a amar e a deixar-me amar por Seu Filho Jesus, com toda a imensidão do seu amor por nós.

+ Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo Eleito de Niterói