As maravilhas de Pentecostes
1. Aquele Deus, cujas obras são grandes e admiráveis, depois de ter criado o homem à sua imagem e semelhança, mais admiravelmente o restaurou pelo mistério da Redenção e vem agora operar a maravilha das maravilhas, que é a Efusão real e pessoal do Seu Espírito no coração do homem. Brilhou, portanto, a partir daquele dia de graça e bênção, depois de um vento impetuoso que visitou os Apóstolos reunidos no Cenáculo em meio a raios de vivíssima luz em globo de fogo, que se dividiu em muitas chamas sobre todos os fiéis reunidos e pousou sobre a cabeça de cada um; era o prometido Espírito Santo que plenamente se comunicava aos primeiros discípulos de Jesus Cristo, enchendo-os de Si e dos seus mais admiráveis dons.
Reflete, ó cristão, que no dia de Pentecostes, que foi certamente o dia do triunfo do Espírito Santo, Aquele Eterno se mostrou como luz e como fogo para indicarseus dois e principais efeitos, isto é, o de iluminar os mistérios e as verdades da fé, e de acender o Divino Amor que purifica e santifica. Ó preciosíssimos efeitos da vinda do Espírito Santo nas almas! E nós somos felizes, porque o Espírito Santo não veio apenas para os primeiros cristãos, mas para todos nós e mais estreitamente se une àqueles que melhor se disponham a recebê-Lo.
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Reflete, ó cristão, que no dia de Pentecostes, que foi certamente o dia do triunfo do Espírito Santo, Aquele Eterno se mostrou como luz e como fogo para indicarseus dois e principais efeitos, isto é, o de iluminar os mistérios e as verdades da fé, e de acender o Divino Amor que purifica e santifica. Ó preciosíssimos efeitos da vinda do Espírito Santo nas almas! E nós somos felizes, porque o Espírito Santo não veio apenas para os primeiros cristãos, mas para todos nós e mais estreitamente se une àqueles que melhor se disponham a recebê-Lo.
2. Levantemos, ó cristãos, o véu que cobria tal mistério, contemplemos como o Incriado e Substancial Amor de Deus, comunicou-se aos primeiros fiéis, não em forma de pomba, como outrora, nem tomou forma de coração, ou de fúlgida estrela, mas quis assumir as formas de língua de fogo, e isto não só para indicar o dom das línguas ou do conhecimento de muitos idiomas, mas também, para nos ensinar que a nossa língua deve ser instrumento da verdade e da caridade, e que a regra do nosso falar e a força das nossas palavras precisam ser o mesmo Espírito Santo. Bendita a língua que é regulada pelo Espírito de Sabedoria e Conselho, mas infeliz das línguas que levadas por paixões desenfreadas, se tornam instrumentos de discórdia e de escândalo.
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Beata Elena Guerra